Em que medida é que estas 3 noticias – porventura distantes dos seus mercados alvo, tipologia de clientes e sector de actividade – podem influenciar a vida sua empresa?
Podem (e seguramente irão) se as interpretarmos à luz destas conclusões:
- O crescimento de uma empresa / marca será realizado “roubando” quota de mercado a outra(s) empresa(s).
- As
decisões políticas de países distantes podem da noite para o dia
transformar as condições de mercado (vide embargo russo e fim da
indexação do franco suíço ao euro);
- Os mercados são um ser vivo, onde as ameaças e oportunidades nem sempre surgem das formas mais óbvias ou expectáveis;
- A
forma mais sensata, económica e potenciadora de resultados é apostar na
diversificação de mercados através de uma politica comercial agressiva
(mas não intrusiva) que permita manter a marca / empresa visível junto
de clientes potenciais;
Face a este cenário, o que pode uma pme portuguesa
– onde normalmente os recursos humanos são “esticados” ao limite da sua
competência e versatilidade, e os orçamentos de marketing são
inferiores a 1% do volume de negócios – fazer para competir à escala internacional?
Deve em primeiro lugar resistir à tentação de avançar com iniciativas avulsas
como participar em feiras, remodelar o site para promover vendas online
ou fazer uma página do facebook para lhe trazer mais clientes. Deve
sim, traçar um plano de trabalho que responda às seguintes questões:
- Quais as são vantagens competitivas da minha empresa / marca
- Quais os benefícios diferenciadores a comunicar os meus clientes / consumidores
- Qual o perfil do consumidor mais favorável para a empresa /marca
- Qual o perfil de clientes e prescritores que devemos priorizar o contacto
- Quais
os meios mais favoráveis (feiras, visitas a clientes, mailing, redes
sociais, etc) para alcançar clientes potenciais, prescritores e
consumidores.
É
aqui chegados que muitos empresários reconhecem o mérito do processo,
mas hesitam em investir no planeamento e preferem “meter mãos à obra”.
Sucede que vivemos numa economia global em lento crescimento e em que os
mercados mais apetecíveis são mercados maduros. Assim sendo, o sucesso depende em partes iguais da capacidade de iniciativa e do nível de preparação.
Os espaços nas lojas serão disputados à concorrência. Isto implica ter mais que um produto melhor. Implica demonstrar ao comprador os benefícios mensuráveis em optar pela nossa proposta em detrimento de um fornecedor actual.
De outra forma, ninguém muda por mudar, ou por um valor relativamente
baixo (no pior dos cenários pressiona o fornecedor actual a aproximar
preços).
É por isso muito importante que as empresas independentemente da sua
dimensão tenham um profissional (a tempo inteiro ou parcial) dedicado a
dinamizar o marketing da marca / empresa.
Alguém que assegure que os esforços de inovação e as vantagens
competitivas da empresa são traduzidas em benefícios perceptíveis para
clientes, prescritores e consumidores. Alguém que potencie a partir da
retaguarda os esforços da equipa comercial, contribuindo para que o
custo de contacto seja o mínimo necessário para assegurar a venda.
É por isso que o marketing do presente e do futuro é para fazedores.
Para gente que pensa a marca/empresa para os clientes
(retalho/distribuição), prescritores e consumidores. Profissionais que
traduzem vantagens em benefícios, ajudam a eleger o caminho mais curto
(e rentável) para chegar aos consumidores certos. Não é para grandes
empresas, mas para todas as empresas que têm a expectativa de ter um
futuro.
Votos de uma excelente semana,
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